O BioParque do Rio iniciou um projeto pioneiro para salvar a rã-de-seropédica (Physalaemus soaresi), uma espécie rara e criticamente ameaçada de extinção, encontrada exclusivamente na Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica (RJ). A espécie enfrenta sérias ameaças devido à destruição de seu habitat, provocada pelo descarte irregular de lixo e outras atividades humanas.

Para proteger a rã, o BioParque investiu na construção de um laboratório moderno e especializado, onde serão desenvolvidos protocolos de manejo e reprodução. Como nunca houve criação dessa espécie em cativeiro, o projeto começará com testes em uma espécie semelhante, a rã-signifer, que não está ameaçada de extinção.

População de Segurança e Reintrodução

O diretor técnico do Grupo Cataratas, Marcos Traad, explicou que o objetivo é formar uma “população de segurança” da rã-de-seropédica, garantindo sua sobrevivência e possibilitando, futuramente, sua reintrodução em áreas protegidas. O projeto é uma parceria com a ONG Amphibian Ark e o ICMBio, que identificaram as espécies de anfíbios em maior risco no Brasil.

Outros Projetos de Conservação

Além da iniciativa para salvar a rã-de-seropédica, o BioParque do Rio também desenvolve diversas ações voltadas à conservação da biodiversidade. Um dos destaques é o banco de células de animais selvagens, previsto para ser inaugurado em 2025, que visa preservar o material genético de espécies ameaçadas.

O parque também apoia projetos de monitoramento de grandes felinos em áreas urbanas e estudos genéticos com onças-pintadas, reforçando seu compromisso com a proteção da fauna brasileira.

Com essas ações, o BioParque do Rio se consolida como um importante centro de conservação e pesquisa, contribuindo para a preservação de espécies únicas e ameaçadas no Brasil.